segunda-feira, 22 de março de 2010

Relatório

Relatório

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Campus Eunápolis


Turma: EI – 21

Componentes: Avaro Meneses, Andressa Santos, Bruno Elinton, Kelvin Araújo, Paulo Ricardo

Professor: Homero

Disciplina: História




Titulo do Trabalho: Arte e Cultura no Brasil Colonial

Objetivo:

Divulgar um pouco da vasta cultura Brasileira do período Colonial que “jazia” esquecida pelo povo de seu próprio país.

Desenvolvimento:



Foram realizadas três reuniões nos dias 10, 16 e 17 de março de 2010 por volta das 13h30min com o intuito de elaborar e analisar o tema a ser trabalhado. Finalmente no dia 18 de março de 2010 foi realizada a efetiva produção de todo o trabalho desde o vídeo até o blog.


O trabalho teve início por volta das 14h00min. Dividimos as partes do que pesquisamos, e começamos a estudar e organizar o trabalho. Metade do trabalho foi realizado em vídeo com o destaque para Álvaro (componente do grupo) que, além de participar das filmagens foi responsável por toda a sua edição.


O cenário foi elaborado por todos os componentes grupo. A parte de decoração das falas de cada personagem foi a que mais implicou para o desenvolvimento de todo o trabalho. Pois a maioria dos componentes obtiveram uma certa dificuldade em decorá-las. Sendo assim o resultado não poderia ser outro: “papelzinho na mão”. No decorrer do trabalho, cada integrante do grupo apresentou seu tema no vídeo sem demais complicações.


A segunda parte do trabalho fora desenvolvida na web através de um blog que, desde a escolha do nome até o final do seu desenvolvimento obteve-se a total participação dos componentes.


É importante dizer que a elaboração de todo o conteúdo do blog foi fruto de muita discussão e pesquisa entre o grupo que- diga-se de passagem- foi muito objetivo nesse aspecto.


Cultura e Arte no Brasil Colônial



Introdução

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No século XVIII, o Brasil presenciou o surgimento de uma literatura própria a partir dos escritores nascidos na colônia, quando as primeiras manifestações valorizando a terra surgiram.

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Contexto Histórico
Os fatos históricos fundamentais da época foram a Primeira invasão holandesa, que ocorreu na Bahia, em 1624, e a Segunda, em Pernambuco, em 1630, que perdurou até 1654.

As invasões aconteceram na região que concentrava a produção açucareira. A produção literária não foi favorecida nesse período, pois a disputa pelo poder no Brasil era evidente e chamava toda a atenção.

O Barroco surgiu nesse contexto como fruto de esforços individuais, quando os modelos literários portugueses chegaram ao Brasil.

A arte que se desenvolveu com mais força foi a arquitetura, mas a partir da segunda metade do século as artes sofreram impulso maior.






Literatura


Costuma-se considerar a publicação da obra Prosopopéia (1601), de Bento Teixeira, como o marco inicial do Barroco no Brasil. Esse é um poema épico, de estilo cancioneiro que procura imitar Os Lusíadas.
Os autores barrocos que mais se destacaram são: - Gregório de Matos (na poesia); - Pe. Vieira (na prosa); - Bento Teixeira; - Frei Manuel de Santa Maria Itaparica; - Botelho de Oliveira; - Sebastião da Rocha Pita; - Nuno Marques Pereira.


Gregório de Matos

Gregório de Matos é o maior poeta barroco brasileiro, sua obra permaneceu inédita por muito tempo, suas obras são ricas em sátiras, além de retratar a Bahia com bastante irreverência, o autor não foi indiferente à paixão humana e religiosa, à natureza e reflexão. As obras desse escritor são divididas de acordo com a temática: poesia lírica religiosa, amorosa e filosófica.

A lírica religiosa: explora temas como o amor a Deus, o arrependimento, o pecado, apresenta referências bíblicas através de uma linguagem culta, cheia de figuras de linguagem. Veja que no exemplo a seguir o poeta baseia-se numa passagem do evangelho de S. Lucas, quando Jesus Cristo narra a parábola da ovelha perdida e conclui dizendo que “há grande alegria nos céus quando um pecador se arrepende”:


Soneto

                              

Mancebo sem dinheiro, bom barrete,

Medíocre o vestido, bom sapato,

Meias velhas, calção de esfola-gato,

Cabelo penteado, bom topete.



Presumir de dançar, cantar falsete,

Jogo de fidalguia, bom barato,

Tirar falsídia ao Moço do seu trato,

Furtar a carne à ama, que promete.



A putinha aldeã achada em feira,

Eterno murmurar de alheias famas,

Soneto infame, sátira elegante.



Cartinhas de trocado para a Freira,

Comer boi, ser Quixote com as Damas,

Pouco estudo, isto é ser estudante.

(Gregório de Matos)

                                             
BENTO TEIXEIRA

BENTO TEIXEIRA , nasceu em 1565(?) no Porto, Portugal. Morreu em data incerta. Controvers a, durante muito tempo, a sua naturalidade e a sua própria identidade (Bento Teixeira ou Bento Teixeira Pinto?), parece ser pacífica a questão de que toda a sua educação se processou no Brasil, para onde veio de tamanino, e onde viveu até morrer. Considerado o mais antigo poeta brasileiro, a sua Prosopopeia ( poema épico em moldes camonianos, onde se cantam os feitos do governador Jorge de Albuquerque Coelho) surge como primeiro d ocumento poético com uma referência local, brasileira, com especial relevo para uma descrição do Recife.

Obras: Prosopopeia, Lisboa, 1601; reedições de Ramirez Galvão, Rio de Janeiro, 1873, e de Afrânio Peixoto, idem, Academia Brasileira de Letras, 1923.


Canto de Proteu

Pelos ares retumbe o grave acento,

De minha rouca voz, confusa, e lenta,

Qual trovão espantoso, e violento,

De repentina, e hórrida tormenta.

Ao rio de Aqueronte turbulento,

Que em sulfúreas borbulhas arrebenta,

Passe com tal vigor, que imprima espanto,

em Minosrigoroso, e Radamanto.

De lanças, e d'escudos encantados,

Não tratarei em numerosa rima,

Mas de barões ilustres afamados,

Mais que quantos a Musa não sublima.

Seus heróicos feitos extremados

Afinarão a dissoante prima,

Que não é muito tão gentil sujeito,

Suprir com seus quilates meu defeito.

Não quero no meu Canto alguma ajuda,

Das nove moradoras do Parnaso,

Nem matéria tão alta quer que aluda,

Nada ao essencial deste meu caso.

Porque dado que a forma se me muda,

em falar a verdade, serei raso,

Que assim convém fazê-lo,quem escreve,

Se a justiça quer dar o que se deve.

(Bento Teixeira)




ARQUITETURA

A arquitetura era bastante simples, sempre c om estruturas retangulares e cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy=gente e upad=lugar).

Com o tempo os tejupares melhoram e passam os colonizadores a construir casas de taipa. Com essa evolução começam a aparecer as capelas, os centros das vilas, dirigidas por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixo, a imagem de Nossa Senhora e a de algum santo, trazidos de Portugal.

A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da igreja de São Roque de Lisboa.

Os principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias, Francisco Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim.

ESCULTURA


Os jesuítas ensinaram aos índios e negros o alfabeto, a religião e a trabalhar o barro, a madeira e a pedra.

O índio é muito hábil na imitação, mas, também muit o primário e rústico na execução. O negro adapta-se mais facilmente e é exuberante no desenho, na arte, no talhe e nas lavras.

Sob direção dos religiosos e de mestres, vindos além- mar, o índio e o negro esculpiram muitos trabalhos, que são a base ao enxerto da arte Barroca, em auge na Europa.

OBRAS DE ALEIJADINHO




FORTE SÃO JOÃO

No ano de 1531, após viagem através do Atlântic o Sul, as naus de Martim Afonso de Souza avistaram terras tupi-guaranis.O lugar, chamado"Buriquioca"(morada dos macacos) pelos nativos, encantou os portugueses por suas belezas naturais e exóticas.

Apesar da bela paisagem, por motivo de segurança seguiram viagem, indo aportar em São Vicente, no dia 22 de janeiro de 1532.

Neste mesmo ano, Martim Afonso enviou João Ramalho à Bertioga afim de verificar a possibilidade de construir uma fortificação para proteger a nova vila dos ataques Tamoios.

Em 1540, Hans Staden, famoso artilheiro alemão, naufragou na costa brasileira e foi levado à São Vicente.Lá, foi nomeado para comandar a fortificação em Bertioga.

Em 1547, a primitiva paliçada de madeira foi substituída por alvenaria de pedra e cal e óleo de baleia, o que originou o verdadeiro Forte .Prime iramente foi chamado Forte Sant'Iago (ou São Tiago), recebeu a denominação de Forte São João em 1765, devido à restauração de sua capela, erguida em louvor a São João Batista.

Em 1940, a fortaleza, considerada a mais antiga do Brasil, foi tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) . Aproveitando a comemoração dos 500 anos do Brasil, a Prefeitura de Bertioga e o Iphan entregam pa ra visitação o forte totalmente restaurado.



O NEO-CLACISSISMO NO BRASIL

Em 1808, a Família Real e a Corte Portuguesa transferiam-se para o Brasil e a partir daí teríamos uma enorme mudança nos rumos que a arte brasileira seguia até então.

Enfrentando problemas políticos após a queda de Napoleão, um grupo de artistas franceses freta um navio e se dirige ao Brasil.

Em 1816 chega a então denominada Missão Artística Francesa, um grupo de artistas e artífices franceses de formação neoclássica que iriam exercer uma profunda influência na pintura brasileira da metade do Século 19, até praticamente a Semana da Arte Moderna de 1922.

Na Missão Artística Francesa encontravam-se artistas como Nicolas-Antoine Taunay e Jean Baptiste Debret. Este último, em 1826, instalava a Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro e três anos depois eram abertas as primeiras exposições oficiais de arte brasileira.

Pela primeira vez, chegava ao país um estilo artístico sem defasagem com o que estava acontecendo na Europa: o neoclassicismo. Seu prestígio, tanto pela "modernidade" quanto por ter
caráter de arte oficial foi enorme.




Jornal da História